Na mais recente edição do boletim da sua célula na Autoeuropa, O Faísca, o PCP defende a passagem a efectivos das «várias centenas de trabalhadores temporários» que laboram diariamente «lado a lado com os cerca de 3645 trabalhadores efectivos da VW Autoeuropa há largos meses». Sustenta o Partido que uns e outros garantiram em conjunto o sucesso dos resultados do último ano da empresa.

Para o PCP, «com uma produção superior garantida até final deste ano, cai por terra toda e qualquer justificação para a continuidade de existência de trabalhadores temporários (precários)». Se a justificação para a sua contratação foi «falaciosa aquando da sua entrada, menos sentido faz no momento actual», afirmam os comunistas que realçam que estes trabalhadores «garantem a mesma qualidade e quantidade de trabalho que os seus companheiros de trabalho da VW Autoeuropa, dentro da produção corrente da empresa que esta prossegue de forma permanente».

O aumento da produção obrigará, segundo o PCP, a uma gestão que consiga garantir as entregas «a tempo e horas» sendo inevitável o reforço das equipas e em certos casos, a criação de novas estações de trabalho. Os trabalhadores temporários são, por isso, fundamentais, pelo que o PCP reclama a «imediata passagem destes a contrato de trabalho directo com a VW Autoeuropa assim como o aumento do quadro de pessoal da empresa».

O PCP recorda ainda que 2010 foi o ano do maior lucro de toda a história do grupo Volkswagen, tendo alcançado o resultado líquido operacional de cerca de 7,1 mil milhões de euros e um lucro de cerca de 6, 84 mil milhões de euros. Assim, «mais e melhor emprego são a justa reivindicação dos trabalhadores da VW Autoeuropa que, de forma determinante, contribuíram para estes resultados alcançados pela Volkswagen a nível mundial», afirma o PCP.